O filme ‘A Rede Social’ colaborou na criação do mito de que o fundador de startups bem sucedido é o jovem prodígio que largou a faculdade para empreender, aprendeu a programar por conta própria, malemá atingiu a maior idade e, na garagem da casa dos pais, construiu impérios digitais enquanto adicionava incontáveis zeros depois da vírgula.
Mas um novo estudo da Endeavor Global - que tem acesso direto aos 100 fundadores de unicórnios americanos e 100 fundadores de unicórnios em mercados emergentes - pinta um quadro diferente da realidade:
O menos importante:
- <30% deles graduaram nas top universidades
- <20% deles trabalharam nas top empresas
O mais importante:
- 50% tinha experiência prévia com startups
- 55% são imigrantes (cidadãos globais)
- 50% são empreendedores seriais
- 60% tem diploma STEM (Science, technology, engineering, and mathematics)
- Média de ~10 anos de experiência no mercado
Tome nota: fundadores de mercados emergentes tendem a acertar a mão resolvendo problemas do mundo real em escala (fintechs, logtechs, ecommerce, marketplaces), enquanto os fundadores americanos tendem a seguir a moda dos VCs (blockchain, metaverso, chips).
Moral da História: diferente do que nos fizeram acreditar, se você não nasceu americano, já passou dos 30 anos, nunca trabalhou no Google e tem um diploma de humanas nas mãos… você tem mais chances de entrar pro clube do bilhão que o jovem aprendiz.
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