A bioeconomia traz consigo novas oportunidades e nichos de negócio possibilitando às empresas um diferencial competitivo único e alinhado às demandas globais,  o que também impulsiona a competitividade deste mercado. 

Existe um potencial imenso da bioeconomia para empresas tradicionais. Como vimos, setores muito bem desenvolvidos no Brasil, como a indústria alimentícia, farmacêutica e madeireira, podem se beneficiar dessa mudança de abordagem nos seus negócios.

Para se ter uma ideia, segundo a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), a bioeconomia pode gerar US$ 284 bilhões por ano até 2050 – mais de R$ 40 trilhões em apenas 27 anos. As estimativas consideram justamente as ações de setores tradicionais, como alimentício, farmacêutico, cosméticos e genética.

Somente nos próximos dez anos, a Amazônia sozinha representa um potencial cujo valor chega a US$ 50 bilhões.

E tem mais: uma reportagem do jornal Valor Econômico mostra que será possível somar US$ 100 bilhões anuais ao PIB a partir de atividades que reduzam o desmatamento ilegal na floresta.

Dados como esses dão uma ideia do tamanho da oportunidade que a bioeconomia oferece para empresas e setores tradicionais, com o benefício adicional de incorporar aspectos de sustentabilidade às suas atividades. Isso potencializa as práticas ESG e alinha a empresa ao mercado atual, destacando-a também ao olhar do público consumidor e de investidores.

Há, ainda, outro aspecto benéfico da bioeconomia para empresas tradicionais, que são as chamadas externalidades positivas. Com a integração de aspectos como clima e biodiversidade ao seu portfólio de negócios ou rede de fornecedores, as empresas promovem impactos positivos diretos e indiretos ao longo de  toda a sua cadeia produtiva. 

Além de potencializar o desenvolvimento das regiões com as quais se relaciona, fortalecendo o mercado e promovendo melhorias para as comunidades, a empresa também potencialmente reduz suas exposições à riscos relacionados aos ambientes natural, regulatório e de negócios.